Com certeza você é ou
conhece alguém apaixonado por café não é? E que tal conhecer algumas características
dele? Então vamos lá!
A composição química do
café é variável e dependente das espécies utilizadas, sendo as mais comuns a
Coffea arabica e a Coffea canephora var. robusta.
O tipo de processamento a que os grãos verdes são sujeitos (via seca, úmida
ou mista, descafeinização), o grau de torra e moagem, assim como o método de
preparação da bebida (filtro, expresso, cafeteira, fervido, etc) irão contribuir
para a variação da composição química da bebida.
Quanto ao conteúdo nutricional, 100g de pó de café torrado contêm 419
kcal,14,7g de proteína, 11,9g de lipídeos e 65,8g de carboidrato, além de
nutrientes como potássio, magnésio, fósforo, cálcio, dentre outros.
O café é rico em compostos bioativos, como a cafeína, os ácidos
clorogênicos, que possuem propriedades antioxidantes, e os diterpenos cafestol
e kahweol, relacionados com o metabolismo lipídico.
Vamos conhecer algumas repercussões do café na saúde:
Efeito estimulante: O
principal composto psicoativo do café é a cafeína. Após a ingestão de doses
baixas a moderadas (50-300 mg) deste composto, verifica-se uma melhora na
performance cognitiva e psicomotora (melhora do estado de alerta, energia,
capacidade de concentração, desempenho em tarefas simples, vigilância auditiva,
diminuição da sonolência e do cansaço).
Café e dependência: O risco de dependência da cafeína é baixo, comparado
com outras drogas, porém a interrupção do consumo de café é responsável pelo
aparecimento de sintomas em muitos consumidores (dores de cabeça, sensação de
cansaço, fraqueza, sonolência, concentração diminuída, depressão, ansiedade,
irritabilidade, tensão muscular aumentada, dores musculares). O tipo de sintomas,
assim como a frequência, diferem entre os indivíduos. Porém não se verifica a ocorrência
de sintomas se, ao invés de abrupta, a interrupção do consumo for gradual.
Doença de Parkinson e Alzheimer: Estudos sugerem que o
consumo de café está inversamente associado ao risco de Doença de Parkinson,
especialmente em indivíduos do sexo masculino. E apontam para um papel
neuroprotetor do café/cafeína em relação ao desenvolvimento de Alzheimer.
Efeitos gastrointestinais: Muitos consumidores de café descrevem
desconfortos gastrointestinais após a ingestão, estando o seu consumo
desaconselhado em determinadas situações clínicas. A azia é o sintoma mais, que
pode ser devido a uma irritação direta da mucosa esofágica ou um fomento do
refluxo gastro-esofágico.
Absorção de ferro: O café inibe a absorção do ferro não-heme (de origem
vegetal). Estudos indicam que a ingestão de uma xícara de café durante ou 1 h
após a refeição reduz em 40% a absorção de ferro não heme. Por isso não se deve
consumi-lo junto com o almoço ou após.
Peso corporal: Estudos sugerem que o consumo de café induz a
perda de peso por aumento da termogênese, uma vez que se verifica um aumento do
gasto energético após a ingestão de cafeína ou café.
Pressão sanguínea: Estudos não permitem confirmar efetivamente se o
consumo de café está ou não associado à hipertensão. No entanto, recomenda-se
moderação no consumo por hipertensos e fumantes, uma vez que existe um consenso
geral de que serão grupos mais susceptíveis ao efeito vasopressor da cafeína.
É importante lembrar que a frequência de
ingestão, os hábitos alimentares, o estilo de vida (consumo de álcool e/ou
tabaco) e a predisposição genética para o desenvolvimento de determinadas
doenças poderão influenciar os efeitos do café na saúde do consumidor.
Não há evidência de que o consumo moderado de
café (3 a 5 xícaras diárias), por indivíduos saudáveis, seja prejudicial.
Porém, existem alguns subgrupos da população que são mais sensíveis aos efeitos
da cafeína, sendo assim, deve- se evitar o consumo desta bebida.
Referências
LIMA, Fabiana Accioly de et al . Café e saúde
humana: um enfoque nas substâncias presentes na bebida relacionadas às doenças
cardiovasculares. Rev. Nutr., Campinas
, v. 23, n. 6, p. 1063-1073, Dec.
2010.
Disponível em:
ALVES, Rita C.; CASAL, Susana; OLIVEIRA, Beatriz.
Benefícios do café na saúde: mito ou realidade? Quím. Nova, São Paulo , v. 32, n. 8, p. 2169-2180, 2009.
Disponível em:
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