segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Café

Com certeza você é ou conhece alguém apaixonado por café não é? E que tal conhecer algumas características dele? Então vamos lá!

A composição química do café é variável e dependente das espécies utilizadas, sendo as mais comuns a Coffea arabica e a Coffea canephora var. robusta.
O tipo de processamento a que os grãos verdes são sujeitos (via seca, úmida ou mista, descafeinização), o grau de torra e moagem, assim como o método de preparação da bebida (filtro, expresso, cafeteira, fervido, etc) irão contribuir para a variação da composição química da bebida.

Quanto ao conteúdo nutricional, 100g de pó de café torrado contêm 419 kcal,14,7g de proteína, 11,9g de lipídeos e 65,8g de carboidrato, além de nutrientes como potássio, magnésio, fósforo, cálcio, dentre outros.

O café é rico em compostos bioativos, como a cafeína, os ácidos clorogênicos, que possuem propriedades antioxidantes, e os diterpenos cafestol e kahweol, relacionados com o metabolismo lipídico.

Vamos conhecer algumas repercussões do café na saúde:

Efeito estimulante: O principal composto psicoativo do café é a cafeína. Após a ingestão de doses baixas a moderadas (50-300 mg) deste composto, verifica-se uma melhora na performance cognitiva e psicomotora (melhora do estado de alerta, energia, capacidade de concentração, desempenho em tarefas simples, vigilância auditiva, diminuição da sonolência e do cansaço).

Café e dependência: O risco de dependência da cafeína é baixo, comparado com outras drogas, porém a interrupção do consumo de café é responsável pelo aparecimento de sintomas em muitos consumidores (dores de cabeça, sensação de cansaço, fraqueza, sonolência, concentração diminuída, depressão, ansiedade, irritabilidade, tensão muscular aumentada, dores musculares). O tipo de sintomas, assim como a frequência, diferem entre os indivíduos. Porém não se verifica a ocorrência de sintomas se, ao invés de abrupta, a interrupção do consumo for gradual.
Doença de Parkinson e Alzheimer: Estudos sugerem que o consumo de café está inversamente associado ao risco de Doença de Parkinson, especialmente em indivíduos do sexo masculino. E apontam para um papel neuroprotetor do café/cafeína em relação ao desenvolvimento de Alzheimer.
Efeitos gastrointestinais: Muitos consumidores de café descrevem desconfortos gastrointestinais após a ingestão, estando o seu consumo desaconselhado em determinadas situações clínicas. A azia é o sintoma mais, que pode ser devido a uma irritação direta da mucosa esofágica ou um fomento do refluxo gastro-esofágico.
Absorção de ferro: O café inibe a absorção do ferro não-heme (de origem vegetal). Estudos indicam que a ingestão de uma xícara de café durante ou 1 h após a refeição reduz em 40% a absorção de ferro não heme. Por isso não se deve consumi-lo junto com o almoço ou após.
Peso corporal: Estudos sugerem que o consumo de café induz a perda de peso por aumento da termogênese, uma vez que se verifica um aumento do gasto energético após a ingestão de cafeína ou café.
Pressão sanguínea: Estudos não permitem confirmar efetivamente se o consumo de café está ou não associado à hipertensão. No entanto, recomenda-se moderação no consumo por hipertensos e fumantes, uma vez que existe um consenso geral de que serão grupos mais susceptíveis ao efeito vasopressor da cafeína.

É importante lembrar que a frequência de ingestão, os hábitos alimentares, o estilo de vida (consumo de álcool e/ou tabaco) e a predisposição genética para o desenvolvimento de determinadas doenças poderão influenciar os efeitos do café na saúde do consumidor.

Não há evidência de que o consumo moderado de café (3 a 5 xícaras diárias), por indivíduos saudáveis, seja prejudicial. Porém, existem alguns subgrupos da população que são mais sensíveis aos efeitos da cafeína, sendo assim, deve- se evitar o consumo desta bebida.

Referências
LIMA, Fabiana Accioly de et al . Café e saúde humana: um enfoque nas substâncias presentes na bebida relacionadas às doenças cardiovasculares. Rev. Nutr.,  Campinas ,  v. 23, n. 6, p. 1063-1073,  Dec.  2010.
Disponível em: 

ALVES, Rita C.; CASAL, Susana; OLIVEIRA, Beatriz. Benefícios do café na saúde: mito ou realidade? Quím. Nova, São Paulo ,  v. 32, n. 8, p. 2169-2180,    2009.
Disponível em:

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